A gestão desportiva e financeira do Sporting nos últimos sete anos tem sido marcada por decisões estratégicas que colocaram o clube em um patamar mais competitivo. Sob a liderança de Frederico Varandas, o clube conseguiu equilibrar êxitos dentro de campo com uma consistência nas finanças, diferenciando-se dos rivais. A melhoria estrutural, incluindo investimentos na academia e na experiência do estádio, trouxe resultados concretos.
No entanto, apesar das conquistas, algumas críticas surgem quanto à comunicação e às escolhas feitas pelo presidente. Mesmo assim, fatores como a contratação de Ruben Amorim e a renegociação das dívidas ajudaram a consolidar o crescimento do clube. Este artigo analisa tanto os avanços quanto os desafios enfrentados durante este período.
Frederico Varandas transformou o Sporting ao adotar uma abordagem equilibrada entre resultados esportivos e estabilidade financeira. O orçamento da equipe aumentou significativamente, mesmo sem participar constantemente na Liga dos Campeões. Essa expansão foi acompanhada por melhorias na infraestrutura e na experiência do torcedor no estádio.
O presidente evitou passos precipitados, preferindo investir racionalmente. Exemplo disso foi o mercado de inverno recente, quando optou por não realizar contratações impensadas devido à falta de recursos imediatos. Essa postura permitiu que o clube mantivesse sua saúde financeira, apresentando resultados positivos em três dos últimos quatro anos. Além disso, as modalidades mostraram que o sucesso não depende apenas de altos investimentos, com o Sporting superando o Benfica com metade do orçamento.
Embora Varandas tenha alcançado grandes conquistas, sua gestão também teve pontos fracos. Críticas recorrentes incluem problemas de comunicação e decisões questionáveis, como a saída de Ruben Amorim e a contratação de Biel. Apesar desses erros serem comuns no mundo do futebol, a forma como são conduzidos pode impactar negativamente o desempenho do clube.
Outro ponto levantado é a ausência de uma estratégia clara para seu próprio desenvolvimento pessoal. Enquanto ele demonstra visão para o futuro do clube, parece negligenciar sua própria evolução como líder. Paradoxalmente, dois eventos fortuitos – a chegada de Ruben Amorim e a renegociação das dívidas – ampliaram o sucesso do clube. Esses "wild cards" reforçam a ideia de que, mesmo com imperfeições, Varandas merece reconhecimento como um dos melhores presidentes da história do Sporting.